Rita e Daniela Casal, de 23 anos, são gémeas idênticas, mas têm muito mais em comum do que a aparência. Além de partilharem os mesmos hobbies, partilham também a mesma profissão. As manas Casal, como são carinhosamente tratadas pelos colegas, são Assistentes de Bordo.
“Desde que nascemos que tudo o que fazemos é partilhado. É natural fazermos tudo juntas.”, admitiu Rita à What’s|UP.
Quis o destino que não entrassem em simultâneo na TAP apesar de partilharem todos os momentos importantes. Num dia como tantos outros, decidiram candidatar-se a Assistentes de Bordo. Uma escolha e um desejo concretizado em 2017, ano em que entraram na Companhia. Quando as duas foram selecionadas, em setembro do ano passado, Rita estava em viagem pelos EUA. Sozinha, Daniela avançou. Rita acabou por iniciar depois a formação.
O gosto pela aviação parece estar inscrito no ADN da família Casal. Foi um familiar que as contagiou com a paixão pelo ar. Porém, foi por acaso que descobriram a profissão que exercem desde os 19 anos.
“Sermos Assistentes não era um sonho de criança. Decidimos experimentar, ver o que era, e desde aí foi um bichinho que ficou. Já não se consegue largar”, afirmam as gémeas.
As gémeas Casal são facilmente confundidas por quem não as conhece bem. E é para evitar constrangimentos, que a maioria faz uma abordagem - “desconfiada”, nas palavras das duas irmãs – que começa sempre com a mesma pergunta, “És a Rita ou a Daniela?”. Uma questão a que há muito se habituaram a responder.
E mesmo quem convive com ambas diariamente já as confundiu. É no Terminal de Tripulações (TTA) que estes episódios acontecem com mais frequência. “Somos recorrentemente confundidas pelos nossos colegas. Vêm ter comigo convictos que sou a minha irmã e assim vice-versa. Chega a ser engraçado porque têm conversas que não dizem respeito à pessoa com quem estão a falar”, confessa Daniela.
No avião, por seu turno, as reações dos passageiros são mais contidas. É nas demonstrações que as duas irmãs reparam no ar confuso dos passageiros ao verem duas Assistentes de Bordo idênticas. “Curiosamente, os passageiros não nos questionam, ficam retraídos. Ao repararmos que ficam baralhados, tomamos a iniciativa de esclarecer que somos mesmo gémeas. A reação de surpresa é imediata e, claro, conseguimos arrancar sorrisos”, afirma Ana Rita.
“Gostamos imenso de voar juntas, complementa-nos. É enriquecedor”, garantem as irmãs Casal.
Rita e Daniela sabem que conciliar a vida profissional com a vida pessoal é um desafio nos dias que correm. Por isso, apesar de não voarem em chave, sempre que possível fazem um voo por mês juntas, no sentido de tirarem partido do melhor das suas vidas profissionais e da vida familiar.
A TAP tem assim um papel importante no equilíbrio entre o trabalho e a vida das manas Casal. Com uma atividade que exige passar muito tempo fora de casa, a oportunidade de partilharem o mesmo local de trabalho torna a vida “mais estável” – nas palavras da Daniela – uma vez que garante a realização profissional conciliada com a estabilidade familiar.